De uns anos para cá, vêm crescendo a diversidade de cervejas para um consumo local.
Novos milhares de apreciadores vem descobrindo o que é uma cerveja de verdade.
Cervejas de diferentes estilos, cores, aromas e sabores vêm caindo no gosto e, ganhando espaço nas geladeiras dos consumidores.
Assim como no mundo do vinho, a cerveja tem uma gama muito grande e complexa de estilos de cervejas.
Por toda essa variedade, temos também palavras ou siglas que uma hora ou outra você vai ouvir em uma mesa de bar de algum daqueles seus amigos que gostam de mostrar que entendem do assunto.
Após ler essa matéria, você poderá ser “o foco das atenções” da próxima reunião entre amigos.
Você sabe como é a abreviação para o teor alcoólico das cervejas, por exemplo?
Pois, bem! Aqui vai à resposta…
ABV: o termo em inglês significa “alcohol by volume” ou traduzindo para o português, álcool por volume. É classificado do menor para o maior em porcentagem (%). Existem cervejas de 2,5% à 40% de álcool ou mais.
Por isso o termo é muito importante para classificar a bebida dentro de um estilo, por exemplo. Essa abreviação é usado mundialmente, podendo ser visualizada em muitos rótulos por aí. Então quando ver a sigla ABV em um rótulo, já sabe o que é!
Dando sequência em palavras-chave, aqui vai mais algumas dicas para fazer bonito:
IBU: essa abreviatura é usada para identificar o índice de amargor da cerveja. Em inglês, “International Bitterness Unit” é um termo mundialmente usado para identificar e classificar o amargor de uma cerveja.
Se você não gosta de cervejas amargas, deve buscar um estilo que tenha um baixo IBU.
Ex: cervejas de trigo, como a belga Witbier, ou a alemã Weissbier, entre outros estilos, como blond ale, red ale, por exemplo.
Podemos classificar de Zero IBU como sendo água, a cerca de 150 IBU’s que é onde nosso paladar consegue identificar.
Passando dai, podemos considerar muito amargo, muitas vezes incapaz de definir quanto.
O amargor na cerveja é provindo dos alfa-ácidos contidos nos lúpulos, um dos principais ingredientes da cerveja.
Drinkability: ou drinkabilidade, é o termo usado para identificar a cerveja que é muito fácil de beber, “habilidade de beber”.
Por exemplo, uma cerveja leve, com álcool equilibrado, bom amargor na medida, servida em uma temperatura bem agradável, certamente terá um drinkability muito alto.
Dry-hopping: Hop em inglês significa Lúpulo (um dos ingredientes da cerveja). O termo Dry-hopping é, na verdade, um processo utilizado durante o período de fermentação e maturação da cerveja, onde é aplicado uma generosa quantidade de lúpulo no tanque, durante a fermentação ou na maturação, para atribuir ao produto final um forte aroma frutado, cítrico, floral, terroso, etc.
Na maioria das vezes são usados lúpulos americanos, pois tem um perfil aromático muito mais intenso que outras espécies vindas de outros lugares do mundo.
Ale: Esse termo esta aparecendo em diversos rótulos de cerveja. Mas o que seria ALE?
Nada mais é do que um dos 3 tipos de fermentação da cerveja. De origem Celta, a palavra se confundiu até o século XV, onde na Inglaterra esse termo era atribuído a bebida, hoje conhecida como cerveja.
De lá para cá, o termo foi usado para identificar o tipo de fermentação. ALE ou ALTA FERMENTAÇÃO significa que a levedura faz o seu trabalho em temperaturas não tão controladas (em torno de 20 a 25 graus Celsius), e fica fermentando o líquido por cima.
Lager: ou Baixa Fermentação, é também um tipo de fermentação que transforma o mosto (mistura de água e o açúcar dos maltes) em cerveja.
A levedura Lager deve passar por um controle de temperatura bem rigoroso durante o processo de fermentação, para ela fazer um bom trabalho sem contaminar a cerveja, ou transformar em alguns álcoois superiores.
Sua temperatura de fermentação deve girar em torno de 5 graus célsius.
Brettanomyces: é um gênero de levedura na família Saccharomycetaceae.
Na maioria dos estilos de cerveja Brettanomyces é visto como um contaminante e as características que ela atribui são consideradas indesejáveis transmitindo “off-flavours.”
No entanto, em alguns estilos, particularmente certos tradicionais cervejas belgas, é apreciado e encorajado.
Lambic e gueuze devem seus perfis únicos de sabor a Brettanomyces; também é encontrada em Oud Bruin e em algumas cervejas da região de Flanders, na Bélgica.
Exemplos comerciais desses estilos incluem; Cantillon Gueuze, Liefmans Brown Ale, Rodenbach Grand Cru, e duquesa de Bourgogne.
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FRANCIS MAINARDI 